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Diferenças entre palavras e gírias norte-americanas e britânicas

Já falamos bastante em nossas redes sociais sobre as diferenças entre expressões, termos,
palavras e gírias do nosso português no Brasil e do português de Portugal. Assim como na
nossa história, em que os portugueses descobriram e colonizaram o nosso país, o mesmo
ocorreu entre o Reino Unido (mais especificamente, a Inglaterra) e os Estados Unidos, por isso,
os dois países falam o mesmo idioma.
A Inglaterra também colonizou diversos outros países, muitos deles que falam inglês também,
como a Austrália e a Nova Zelândia, no entanto, algumas das expressões e até mesmo os
sotaques são mais semelhantes ao que encontramos no território britânico, diferentemente
dos EUA.
Separamos abaixo dez exemplos que demonstram, por meio das gírias e palavras mais comuns
e faladas tanto nos Estados Unidos quanto no Reino Unido, como esses dois países são
diferentes. Confira!

Chick (EUA) x Bird (UK)

 

Esta é, talvez, uma das diferenças mais curiosas entre as duas culturas, pois ambas as
expressões são usadas para se referir a uma garota ou mulher jovem (um termo semelhante a
uma gíria que temos no Brasil, “mina”), mas ambas também remetem, principalmente se
encontradas fora de contexto, a aves. Chick pode ser traduzido como pintinho (o filhote da
galinha), e bird significa pássaro. No entanto, jovens americanos chamam meninas de chicks e
jovens britânicos, de birds. Portanto, se você encontrar esses termos em frases como I went
out with a chick last night e/ou I met a bird, você teria que traduzi-las, respectivamente, das
seguintes formas: “Eu saí com uma garota ontem à noite” e “Conheci uma menina”.

Restroom/Toilet (EUA) x Loo (UK)

Quando vamos viajar para algum país onde fala-se a língua inglesa (e mesmo para países que
não tem o inglês como idioma principal, já que ele é universal), é muito comum treinarmos
algumas frases que podem ser bastante úteis, como What time is it? (Que horas são?), How
much is this? (Quanto custa?), Can you help me find …? (Você poderia me ajudar a achar …?)
etc. Uma das frases mais úteis, principalmente em um lugar desconhecido em que você está
passeando, é: onde fica o banheiro? No inglês americano, trata-se de uma frase já conhecida:
Where is the bathroom/toilet/restroom? Se você fizer essa pergunta desta forma a um
britânico, ele entenderá sem problemas. No entanto, não estranhe se você ouvir um britânico
perguntar Where is the loo? No Reino Unido, a palavra loo significa nada mais, nada menos do
que banheiro.

Gas (EUA) x Petrol (UK)

Outra dica importante para quem vai visitar um (ou ambos) desses países que falam o inglês,
principalmente se você quiser alugar um carro para passear: ao parar para abastecer, a palavra

para se referir ao combustível é diferente. Os norte-americanos são mais parecidos conosco,
chamando de gasoline (gasolina), mas é muito mais comum usar a abreviação, gas. Já no Reino
Unido, o combustível é chamado de petrol, abreviação de petroleum (petróleo).

French fries (EUA) x Chips (UK)

Mencionamos que as palavras toilet/bathroom/restroom, para se referir a banheiro, são mais
faladas nos EUA, mas qualquer britânico as entenderia e não seria motivo de gerar confusão.
Já quando se trata de french fries e chips, o caso é bem diferente. Se você estiver nos Estados
Unidos e quiser pedir batatas fritas, mas se referir a elas como chips, você receberá batatinhas
chips, do estilo das marcas Ruffles ou Pringles. E, ao contrário dos norte-americanos, se você
estiver em qualquer lugar do Reino Unido e quiser batatas fritas, mas pedir french fries, o
atendente provavelmente vai acabar corrigindo-o, pois, lá, o correto é chips.

Sweater (EUA) x Jumper (UK)

Dependendo do país em que você está, este é outro exemplo que pode acabar gerando
bastante confusão (e algumas risadas). Isso porque, se um americano (ou uma pessoa de outra
nacionalidade, mas com um vocabulário mais “americanizado”), passeando por qualquer lugar
no Reino Unido, quiser comprar um suéter/casaco e se referir à vestimenta como sweater, no
máximo, o britânico apenas o corrigirá, mas entenderá o que ele quis dizer. Por outro lado, se
um britânico nos EUA se referir ao suéter como é conhecido no Reino Unido, ou seja, jumper, é
bem possível que receba alguns olhares confusos.

Hey! (EUA) x Oi! (UK)

Este é um exemplo bastante inusitado e que provavelmente poucas pessoas conhecem, ainda
mais pelo fato de que a expressão “Hey!” é muito popular ao redor do mundo e entendida por
todos, diferentemente de seu equivalente no Reino Unido. Todos já sabem que hey pode
significar simplesmente “Oi” ou “Ei!” para chamar a atenção de alguém. Para este último caso,
porém, os britânicos usam outra expressão: Oi! (que não tem nada a ver com o nosso “oi” em
português), usado principalmente de um modo não tão educado, como: Oi, you! Come here!
(“Ei, você! Venha aqui!”), dando a entender que a pessoa está brava. No entanto, pode ser
usado em outros tipos de situações, como, por exemplo, se você quer chamar a atenção de um
estranho na rua que derrubou algo: Oi! You dropped this! (“Ei, você deixou isso cair!”).

Very/Mad (EUA) x Proper/Well (UK)

Todos nós, e mesmo algumas pessoas que não falam inglês, conhecem o advérbio very, que
significa “muito”. Apesar de ser usado por todos os falantes da língua inglesa, no Reino Unido,
há duas outras expressões que têm o mesmo sentido e também funcionam como advérbios de
intensidade: proper e well, que podem significar “muito”, “totalmente”, “completamente” etc.
Ou seja, você pode falar: That’s proper good coffee (“Este café está muito bom”) ou I’m well
hungry (“Estou com muita fome”). Já nos EUA, esses termos não fariam sentido, mas há um
equivalente americano para essas gírias: mad. Geralmente, essa palavra poderia significar

“bravo” ou “louco”, mas, quando também é utilizada como um advérbio de intensidade, teria
o mesmo significado, como: This is mad good (“Isto é muito bom”) ou I’m mad hungry (“Estou
com muita fome”). No entanto, proper e well são mais comuns no Reino Unido, já que mad é
utilizado quase exclusivamente por jovens nos EUA.

Buck (EUA) x Quid (UK)

Este é, talvez, o exemplo perfeito para demonstrar como dois países que falam a mesma língua
podem ter duas expressões bem diferentes para expressar essencialmente a mesma coisa, mas
um não faria sentido para o outro. A palavra buck é uma gíria que se refere simplesmente a
dólares americanos (ou seja, você pode dizer: It only costs a buck ou This cost me 10 bucks –
“Só custa um dólar” ou “Custou 10 dólares”), enquanto quid se refere à libra esterlina (It only
costs a quid ou This cost me 10 quid – “Só custa uma libra” ou “Custou 10 libras”). Se você falar
bucks no Reino Unido, os britânicos não entenderão o que você quer dizer, assim como os
americanos não entenderão o que significa quid.

Cigarette (EUA) x Fag (UK)

Para as pessoas que fumam, esta é uma dica que vale ouro, pois o uso inadequado de uma
dessas gírias no país errado pode causar uma grande ofensa. Isso porque, no inglês americano,
basta se referir ao cigarro como cigarette, mas, no Reino Unido, há uma gíria muito popular
que tem um significado completamente diferente nos EUA: fag. Apesar de ser uma espécie de
“apelido” que os britânicos deram ao cigarro, essa mesma palavra também significa uma gíria
com conotação extremamente pejorativa e homofóbica no inglês americano, portanto, se você
estiver viajando pelos Estados Unidos e quiser pedir um cigarro, tome muito cuidado.

Thanks (EUA) x Cheers (UK)

Por fim, temos um exemplo interessante de uma palavra que a grande maioria das pessoas,
sejam elas falantes do inglês ou não, já conhecem, mas que pode conter outro significado
ainda, talvez, desconhecido. Todos sabemos que a expressão thanks significa “obrigado(a)”,
como uma abreviação de thank you, certo? E muitas pessoas já pelo menos ouviram falar de
cheers, a expressão usada quando brindamos (no Brasil, por exemplo, falamos “saúde!”). No
entanto, você sabia que os britânicos também usam cheers como um equivalente a thanks?
Funciona como o nosso “valeu!”, sendo usado em situações mais informais, por exemplo: se
alguém lhe faz um pequeno favor, você pode agradecer simplesmente com um cheers! (You
took the trash out? Cheers! – “Você tirou o lixo? Valeu!”). No entanto, não use cheers para
expressar gratidão nos EUA, pois os americanos acharão que você está fazendo um brinde.

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Aviso imediatamente ao cliente para que, juntos, seja possível pensar em soluções sem impactar na qualidade e no prazo final. É papel do tradutor controlar a sua produção para que esse tipo de problema não seja informado perto da sua devolução final, pois caso isso aconteça, o cliente pode não conseguir te ajudar.

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Me certifico que estou usando bons sites e materiais para a realização das pesquisas. Peço ajuda para algum colega da área ou que está mais familiarizado com esta área e, caso não consiga, entro em contato com o cliente para trazer tais inseguranças antes da devolução final para ver se o cliente consegue me ajudar sem prejudicar o prazo e a qualidade. Importante: o papel de pesquisa é responsabilidade do tradutor/revisor. Apenas em casos muito pontuais ele deve recorrer ao cliente para que isso não afete a confiança que o cliente tem nele.

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Antes de enviar o trabalho ao tradutor, questione o cliente a respeito da TM e do glossário, pois são materiais muito importantes e que devem sempre ser usados no processo. A memória e o glossário ajudam muito no fluxo de trabalho da tradução, pois além de otimizar tempo de execução, ainda ajudam a garantir uma boa qualidade final. Se o cliente realmente não tiver nenhuma TM ou glossário, sugerimos que você crie e comece a fazer esse tipo de coleta nos projetos, assim você poderá se beneficiar disso no futuro, em projetos do mesmo cliente e sendo da mesma área.

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Por mais que você não tenha em sua base de recursos tradutores que trabalhem com a ferramenta solicitada, nunca feche as portas para as oportunidades. O primeiro passo é ser sincero com o cliente e dizer que você nunca trabalhou com essa ferramenta, mas que poderia assumir o trabalho e está disposto a aprender. Geralmente, as ferramentas seguem uma mesma lógica, muda apenas algumas funcionalidades e questões de layout, mas para garantir que você não vai ter problemas com isso, busque informações, procure tutoriais na internet e até mesmo questione o cliente se ele poderá te dar um suporte caso você precise.

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Devemos trabalhar com a premissa de que o cliente satisfeito sempre voltará a te oferecer trabalho, porém, é preciso equilibrar as expectativas. Muitos clientes não entendem a dinâmica envolvida em um trabalho de tradução (fluxo de trabalho: tradutor/revisor/QA…), por isso, fazem solicitações que podem atrapalhar e muito o seu processo. Mudar o texto ou um pequeno trecho no início do trabalho é algo que pode ser negociado e atendido, mas se a tradução já passou da metade ou está quase no final, você deve conversar e explicar a ele que o pedido pode ser atendido, mas que será necessário pensar em um novo prazo e valor, pois o trabalho deverá começar praticamente do zero. Uma outra opção é finalizar o trabalho atual e depois implementar as mudanças solicitadas pelo cliente, negociando um novo prazo de entrega e um valor justo pelo tempo que será gasto pelo recurso para fazer os ajustes.

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Retrabalhos não são bons para a organização do PM, isso porque aumentam a chance de problemas e riscos de afetar o seu cliente final. Se você realmente enviou os arquivos errados ao tradutor, você deve tomar as medidas necessárias para evitar que isso afete o prazo combinado com o cliente, ou seja, verificar se tem tempo hábil para realizar o trabalho corretamente, verificar um tradutor disponível para fazer o job e, no caso de você realmente atrasar a devolução final, comunique o cliente imediatamente e tente negociar um novo prazo.

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Esse é um dos erros mais graves que um PM pode cometer, mas devemos sempre nos lembrar de que somos seres humanos e somos passíveis de errar. Diante disso, devolva o arquivo imediatamente ao cliente e peça desculpas por seu erro. Esse tipo de problema não deve se repetir, por isso, use recursos que te ajudem em sua organização, seja uma agenda on-line, agenda física, lembretes das datas de suas devoluções, pois assim as chances de você se esquecer no futuro serão mínimas.

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O primeiro e mais importante passo é sempre tomar decisões e deixar o cliente a par delas, ou seja, os riscos das escolhas devem ser compartilhados com o cliente para que, caso haja problema depois, ele não te cobre por algo que você avisou que iria fazer. Caso você não tenha um tradutor especializado nessa área, você pode tentar colocar um revisor que seja especialista na área jurídica para que ele consiga corrigir as falhas terminológicas que possam existir, mas de qualquer forma, é muito importante reforçar com o tradutor a sua necessidade e pedir para ele/a uma atenção especial ao texto. Se você não conseguir nenhum recurso especialista na área, você pode tentar colocar uma etapa final com um SME. SMEs são pessoas especialistas na área, não são tradutores e revisores, mas são pessoas formadas e com ampla experiência na área desejada, por exemplo, no caso desse enunciado, seria colocar um advogado para ler o arquivo final de modo a alterar apenas o que for terminologia específica incorreta.

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Para sempre evitar problemas como esse, é necessário incluir um pequeno buffer entre o seu prazo final e o prazo solicitado ao tradutor, por exemplo, se o prazo com o seu cliente é hoje às 18h, você deve pedir para o seu recurso devolver algumas horas antes para evitar que os problemas impactem na devolução final. Agora, se de fato ocorrer um atraso, entre em contato com o tradutor para verificar como está a situação, para saber se há algo que dê para ser feito para evitar que isso afete o cliente (um exemplo seria fazer a revisão em paralelo e assim dar mais tempo ao tradutor) e saber suas opções. Além disso, é necessário pensar em todo o fluxograma do projeto, como tempo do tradutor, tempo do revisor, tempo de verificação final do PM para ver se tudo está correto… Caso o atraso vá impactar na sua devolução ao cliente, avise-o imediatamente para que ele não sofra impactos piores.

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Antes de sair julgando quem está errado nessa situação, você como PM deve avaliar se o que o cliente está apontando realmente são erros efetivos que impactaram na qualidade ou não. Se você tiver o suporte de Quality Assurance, peça a eles que analisem e te enviem um relatório justificando (se é erro ou não) cada alteração do cliente. No caso de não haver uma equipe de Quality Assurance, você pode pedir ao tradutor ou revisor do projeto que faça esse papel, mas cuidado, pessoas que estão envolvidas no projeto tendem a não ser imparciais/neutras e podem ficar na defensiva, então será o seu papel ter um olhar crítico para ponderar se as respostas fazem sentido ou não. Se houve um problema de qualidade, peça desculpas ao cliente e tente recompensá-lo para que ele volte a fazer negócios com você, além disso, passe o feedback aos envolvidos no projeto para evitar que isso volte a se repetir. Caso o cliente tenha feito apenas alterações estilísticas no texto, o ideal é montar um Guia de Estilo ou Glossário com essas preferências, por isso, explique isso ao cliente (nunca deixe ele achando que você errou se você não errou) e passe as ações que serão implementadas em casos futuros para atendê-lo da melhor forma possível.

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A primeira ação seria entender a produção do recurso que está livre, para saber quantos dias seriam necessários para fazer tradução e revisão e, assim, verificar com o cliente a possibilidade de extensão do prazo, pois mesmo que o tradutor consiga fazer o trabalho em três dias úteis, o ideal é passar o trabalho depois pelo processo de revisão feito por outro recurso e dentro desse período não seria possível executar ambas as etapas.