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Os erros de tradução mais engraçados da internet

TRANSLATION FAILS

O inglês é um idioma universal e, consequentemente, é a forma que conseguimos nos comunicar com outras pessoas que não falam nossa própria língua. Por isso, ao viajar para outros países ao redor do mundo cuja língua materna não é o inglês, você poderá notar que a grande maioria dos cardápios em restaurantes, as placas das cidades, os avisos em lugares públicos etc. contam com uma legenda ou explicação em inglês justamente para que os turistas consigam entender melhor as informações.

No entanto, mesmo sendo um idioma tão popular, é muito comum ver erros de tradução nessas legendas, o que é geralmente provocado por traduções automáticas e, é claro, pela falta de um tradutor ou revisor profissional. E como a internet é um lugar que não perdoa, é possível encontrar várias “translation fails” ou erros de tradução, registradas para nos divertir, que incluem desde cardápios com pratos que não fazem nenhum sentido, textos traduzidos ao pé da letra e erros causados pelo corretor ortográfico.

Confira abaixo os erros de tradução mais engraçados da internet!

  1. A mina de queijo

Imagina encontrar uma mina que, em vez de ouro, contém queijos? Essa deve ter sido a vontade da pessoa encarregada pela descrição das comidas desse hotel!

Essa tradução literal de “queijo Minas” fez com que o significado fosse completamente alterado, pois o responsável por ela levou a palavra “Minas” ao pé da letra e, ao invés de pensar em Minas como o estado de Minas Gerais, ele traduziu como “mine”, que significa “mina” (como uma mina de ouro). No caso, a tradução correta deveria ser simplesmente “Minas cheese”, já que o queijo vem de lá, e o nome do estado não pode ser traduzido. Portanto, os hóspedes internacionais do hotel devem ter pensado que serviriam uma quantidade enorme de queijos no café da manhã!

  1. Vai um suco da manga da roupa?

Os erros de traduções literais são muito comuns, e a maioria acaba sendo muito engraçado ou, então, muito constrangedor. Nesse caso, o “tradutor” provavelmente ficou com um pouquinho de preguiça de pesquisar outras traduções para “manga” e escolheu a primeira que apareceu na frente: sleeve, que, sim, significa manga… mas a manga da roupa. A tradução correta deveria ter sido “mango juice”, mas vai que o chef quis inovar com um delicioso sleeve juice?

  1. O que você tem contra a carne brasileira?

Outro caso de tradução literal bem errada, mas muito engraçada! É comum ter mais dificuldade para traduzir os cortes das carnes, já que as opções são muitas e seus nomes em inglês são bem diferentes dos nossos. Mas, nesse caso, a tradução foi feita tão ao pé da letra que o “contra” em contrafilé foi traduzido apenas como “against”, que é usado para expressar quando uma pessoa é contra algo/alguém (do verbo “contrariar”). Dessa forma, parece que o restaurante é contra a carne brasileira, pois essa seria literalmente a tradução do tal “Against the Brazilian Beef”, como vemos no cardápio. A tradução correta do nome da carne deveria ser “striploin”.

  1. Os peixes internacionais

Traduções literais são mesmo tão comuns, que o responsável por esse cardápio provavelmente achou que deveria inovar um pouco, indo em uma direção muito diferente e inusitada. A palavra “fígado”, por exemplo, em “iscas de fígado à lisboeta”, de repente passou a ter outro significado: “imprevisto” ou “não programado” (tradução de “unscheduled”). Já os outros pratos deram um ar sofisticado e internacional ao cardápio, já que cada um parece ter vindo de um país diferente: um é americano, o outro é espanhol e um veio de Lisboa. E eles servem até o idioma americano (não só o inglês, mas o inglês americano) no restaurante… que chique!

  1. Um pão gripado na chapa, por favor!

Diferentemente da tradução literal que acaba sendo muito engraçada, essa talvez possa ter sido um pouco constrangedora para os estrangeiros que visitaram essa padaria. Afinal, quem gostaria de pedir um lanche que parece estar resfriado, não é mesmo?

O que chamamos no Brasil de “frios”, que podem incluir queijo, presunto, peito de peru e outros tipos de carnes pré-cozidas, em inglês, chama-se “cold cuts” (ou, então, “cold meats”, “luncheon meats”, “deli meats” etc.). Ao se referir aos frios apenas como “cold”, entende-se que o pão tem uma cold – por exemplo, quando alguém está gripado, você pode dizer “he has a cold” ou “person with a cold”. Ou seja, parece que estão dizendo que servem pães com gripe!

  1. A porta é automática, Manuel!

Nesse caso, a frase acima, traduzida para o português, deveria ser: “Portas automáticas! Não tente abrir ou fechar as portas manualmente”. No entanto, é possível que o polêmico corretor ortográfico, já conhecido na internet por causar algumas gafes bastante engraçadas, tenha alterado a palavra “manually” (a tradução correta de “manualmente” em inglês) para “Manuel”. Dessa forma, o aviso no elevador parece estar sendo direcionado especificamente para alguém chamado Manuel!

  1. Coitada da praia…

Esse é um clássico exemplo de erro de tradução que pode ou gerar muitas risadas ou causar um certo constrangimento. Isso porque, foneticamente, as palavras bitch e beach são pronunciadas de forma bastante semelhante, o que pode confundir um pouco quem não tem um domínio da língua inglesa. A diferença é que o significado de beach é totalmente inofensivo (“praia”), e já o significado de bitch pode ser considerado um pouco pejorativo e ofensivo, principalmente quando se refere a uma mulher. Portanto, o aviso deveria ser: “Everyone loves a clean beach! Please do not litter”.

  1. O Peru europeu

Esse erro de tradução, apesar de um pouco grave (principalmente ao levar em consideração que foi publicado por um dos principais jornais brasileiros), acabou viralizando na internet entre os seus leitores e internautas por se tratar de uma gafe de tradução literal bastante engraçada.

Em 2015, ao abordar a crise dos imigrantes que tentavam chegar à Europa, o jornal Estado de S. Paulo, mais conhecido como Estadão, acidentalmente trocou o Peru pela Turquia no mapa. Isso se deve ao fato de que Turquia, em inglês, é “Turkey” – e, traduzido para o português de maneira literal, significa “peru” (não o país, mas o animal). O jornal, é claro, se explicou e retificou o erro cometido, mas não antes de ser “alvo” de muitas brincadeiras e chacota pelos internautas.

Estes são apenas alguns exemplos que reforçam a importância de um trabalho de tradução e revisão profissionais que possam garantir o sentido correto e uma boa qualidade para o leitor ou público final.

E você? Já viu alguma tradução engraçada ou constrangedora como nos exemplos deste artigo?

Artigo escrito por Juliana Gomes (Tradutora e Revisora na Spell Traduções)

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Aviso imediatamente ao cliente para que, juntos, seja possível pensar em soluções sem impactar na qualidade e no prazo final. É papel do tradutor controlar a sua produção para que esse tipo de problema não seja informado perto da sua devolução final, pois caso isso aconteça, o cliente pode não conseguir te ajudar.

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Me certifico que estou usando bons sites e materiais para a realização das pesquisas. Peço ajuda para algum colega da área ou que está mais familiarizado com esta área e, caso não consiga, entro em contato com o cliente para trazer tais inseguranças antes da devolução final para ver se o cliente consegue me ajudar sem prejudicar o prazo e a qualidade. Importante: o papel de pesquisa é responsabilidade do tradutor/revisor. Apenas em casos muito pontuais ele deve recorrer ao cliente para que isso não afete a confiança que o cliente tem nele.

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Antes de enviar o trabalho ao tradutor, questione o cliente a respeito da TM e do glossário, pois são materiais muito importantes e que devem sempre ser usados no processo. A memória e o glossário ajudam muito no fluxo de trabalho da tradução, pois além de otimizar tempo de execução, ainda ajudam a garantir uma boa qualidade final. Se o cliente realmente não tiver nenhuma TM ou glossário, sugerimos que você crie e comece a fazer esse tipo de coleta nos projetos, assim você poderá se beneficiar disso no futuro, em projetos do mesmo cliente e sendo da mesma área.

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Por mais que você não tenha em sua base de recursos tradutores que trabalhem com a ferramenta solicitada, nunca feche as portas para as oportunidades. O primeiro passo é ser sincero com o cliente e dizer que você nunca trabalhou com essa ferramenta, mas que poderia assumir o trabalho e está disposto a aprender. Geralmente, as ferramentas seguem uma mesma lógica, muda apenas algumas funcionalidades e questões de layout, mas para garantir que você não vai ter problemas com isso, busque informações, procure tutoriais na internet e até mesmo questione o cliente se ele poderá te dar um suporte caso você precise.

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Devemos trabalhar com a premissa de que o cliente satisfeito sempre voltará a te oferecer trabalho, porém, é preciso equilibrar as expectativas. Muitos clientes não entendem a dinâmica envolvida em um trabalho de tradução (fluxo de trabalho: tradutor/revisor/QA…), por isso, fazem solicitações que podem atrapalhar e muito o seu processo. Mudar o texto ou um pequeno trecho no início do trabalho é algo que pode ser negociado e atendido, mas se a tradução já passou da metade ou está quase no final, você deve conversar e explicar a ele que o pedido pode ser atendido, mas que será necessário pensar em um novo prazo e valor, pois o trabalho deverá começar praticamente do zero. Uma outra opção é finalizar o trabalho atual e depois implementar as mudanças solicitadas pelo cliente, negociando um novo prazo de entrega e um valor justo pelo tempo que será gasto pelo recurso para fazer os ajustes.

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Retrabalhos não são bons para a organização do PM, isso porque aumentam a chance de problemas e riscos de afetar o seu cliente final. Se você realmente enviou os arquivos errados ao tradutor, você deve tomar as medidas necessárias para evitar que isso afete o prazo combinado com o cliente, ou seja, verificar se tem tempo hábil para realizar o trabalho corretamente, verificar um tradutor disponível para fazer o job e, no caso de você realmente atrasar a devolução final, comunique o cliente imediatamente e tente negociar um novo prazo.

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Esse é um dos erros mais graves que um PM pode cometer, mas devemos sempre nos lembrar de que somos seres humanos e somos passíveis de errar. Diante disso, devolva o arquivo imediatamente ao cliente e peça desculpas por seu erro. Esse tipo de problema não deve se repetir, por isso, use recursos que te ajudem em sua organização, seja uma agenda on-line, agenda física, lembretes das datas de suas devoluções, pois assim as chances de você se esquecer no futuro serão mínimas.

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O primeiro e mais importante passo é sempre tomar decisões e deixar o cliente a par delas, ou seja, os riscos das escolhas devem ser compartilhados com o cliente para que, caso haja problema depois, ele não te cobre por algo que você avisou que iria fazer. Caso você não tenha um tradutor especializado nessa área, você pode tentar colocar um revisor que seja especialista na área jurídica para que ele consiga corrigir as falhas terminológicas que possam existir, mas de qualquer forma, é muito importante reforçar com o tradutor a sua necessidade e pedir para ele/a uma atenção especial ao texto. Se você não conseguir nenhum recurso especialista na área, você pode tentar colocar uma etapa final com um SME. SMEs são pessoas especialistas na área, não são tradutores e revisores, mas são pessoas formadas e com ampla experiência na área desejada, por exemplo, no caso desse enunciado, seria colocar um advogado para ler o arquivo final de modo a alterar apenas o que for terminologia específica incorreta.

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Para sempre evitar problemas como esse, é necessário incluir um pequeno buffer entre o seu prazo final e o prazo solicitado ao tradutor, por exemplo, se o prazo com o seu cliente é hoje às 18h, você deve pedir para o seu recurso devolver algumas horas antes para evitar que os problemas impactem na devolução final. Agora, se de fato ocorrer um atraso, entre em contato com o tradutor para verificar como está a situação, para saber se há algo que dê para ser feito para evitar que isso afete o cliente (um exemplo seria fazer a revisão em paralelo e assim dar mais tempo ao tradutor) e saber suas opções. Além disso, é necessário pensar em todo o fluxograma do projeto, como tempo do tradutor, tempo do revisor, tempo de verificação final do PM para ver se tudo está correto… Caso o atraso vá impactar na sua devolução ao cliente, avise-o imediatamente para que ele não sofra impactos piores.

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Antes de sair julgando quem está errado nessa situação, você como PM deve avaliar se o que o cliente está apontando realmente são erros efetivos que impactaram na qualidade ou não. Se você tiver o suporte de Quality Assurance, peça a eles que analisem e te enviem um relatório justificando (se é erro ou não) cada alteração do cliente. No caso de não haver uma equipe de Quality Assurance, você pode pedir ao tradutor ou revisor do projeto que faça esse papel, mas cuidado, pessoas que estão envolvidas no projeto tendem a não ser imparciais/neutras e podem ficar na defensiva, então será o seu papel ter um olhar crítico para ponderar se as respostas fazem sentido ou não. Se houve um problema de qualidade, peça desculpas ao cliente e tente recompensá-lo para que ele volte a fazer negócios com você, além disso, passe o feedback aos envolvidos no projeto para evitar que isso volte a se repetir. Caso o cliente tenha feito apenas alterações estilísticas no texto, o ideal é montar um Guia de Estilo ou Glossário com essas preferências, por isso, explique isso ao cliente (nunca deixe ele achando que você errou se você não errou) e passe as ações que serão implementadas em casos futuros para atendê-lo da melhor forma possível.

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A primeira ação seria entender a produção do recurso que está livre, para saber quantos dias seriam necessários para fazer tradução e revisão e, assim, verificar com o cliente a possibilidade de extensão do prazo, pois mesmo que o tradutor consiga fazer o trabalho em três dias úteis, o ideal é passar o trabalho depois pelo processo de revisão feito por outro recurso e dentro desse período não seria possível executar ambas as etapas.